“E
entrou Jesus no templo de Deus, e expulsou todos os que vendiam e compravam no
templo, e derribou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas;
E disse-lhes: Está escrito: A minha casa será chamada casa de oração; mas vós a tendes convertido em covil de ladrões” (Mateus 21:12-13)
E disse-lhes: Está escrito: A minha casa será chamada casa de oração; mas vós a tendes convertido em covil de ladrões” (Mateus 21:12-13)
“E,
entrando no templo, começou a expulsar todos os que nele vendiam e compravam,
Dizendo-lhes: Está escrito: A minha casa é casa de oração; mas vós fizestes dela covil de salteadores” (Lucas 19:45-46).
Dizendo-lhes: Está escrito: A minha casa é casa de oração; mas vós fizestes dela covil de salteadores” (Lucas 19:45-46).
Analisando
estes textos bíblicos fico a pensar o que diria Jesus (o verdadeiro, não este
que é pregado numa cruz de CDs, Livros, Shows, Teatros, o “Gizuis”, ou
“Gezuis”) sobre os tempos modernos, principalmente, a respeito desta teoria de
barganha e compensação, o famoso “mercado espiritual”, nomenclatura cunhada
pelo abençoadíssimo Pastor Neil Barreto.
Jesus, quando
se deparou com o comércio no templo não teve uma atitude mansa e tranquila,
inócua, olhando para aquela situação horrenda e assentindo, ou melhor,
omitindo-se com o cenário.
Ao
contrário, o texto sagrado afirma que o Messias EXPULSOU TODOS os que vendiam e
compravam, derrubando ainda as mesas dos comerciantes, defendendo a verdadeira
utilização da sua casa.
Contextualizando
o texto de hoje, fica difícil sustentar a ladainha “evangélhica”, no sentido de
sermos proibidos de analisar e examinar os atos dos pregadores e irmãos, porque
“Jesus disse isso”.
Estes
fundamentam equivocadamente sua argumentação no texto de Mateus 7: 1 a 5, onde
Jesus ensina:
“Não
julgueis, para que não sejais julgados. Porque com o juízo com que julgardes
sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós.
E por que reparas tu no argueiro que está no olho do teu irmão, e não vês a
trave que está no teu olho? Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o
argueiro do teu olho, estando uma trave no teu? Hipócrita, tira primeiro a trave
do teu olho, e então cuidarás em tirar o argueiro do olho do teu irmão”.
O
engraçado é que muitos pregadores param a leitura do texto bíblico aqui,
pinçando única e exclusivamente os versículos retirando-os do contexto. Mas
Jesus continua:
“Não
deis aos cães as coisas santas, nem deiteis aos porcos as vossas pérolas, não
aconteça que as pisem com os pés e, voltando-se, vos despedacem”.
Palavra
dura não?
O
interessante é que o próprio Jesus, em João 7:24 enuncia: “Não julgueis
segundo a aparência, mas julgai segundo a reta justiça”.
Há
contradição entre os textos? Em hipótese alguma. O que Jesus quer dizer tanto
em uma passagem quanto a outra é que não podemos julgar pela aparência, mas conforme a reta Justiça.
A Reta Justiça pela qual o nosso
Salvador se utiliza nada mais é que a Regra de Conduta e Fé incontestável, ou
seja, a Bíblia, a Palavra de Deus.
Mas o que
essas palavras têm a ver com o título do artigo?
Estou
dizendo isto para que, da próxima vez que disserem que os fins justificam os
meios, principalmente quando utilizarem a passagem de Filipenses 1:18,
novamente usada fora do contexto (“Mas que importa? Contanto que Cristo seja
anunciado de toda a maneira, ou com fingimento ou em verdade, nisto me
regozijo, e me regozijarei ainda”), você saiba JULGAR E DISCERNIR IRMÃO, se
este versículo pode legitimar condutas anti-bíblicas, sem fundamento na
doutrina de Cristo, ou na Palavra de Deus.
Analisando
a passagem de Filipenses 1, Paulo, ao escrever aos irmãos de Filipos, inicia as
instruções, dizendo CLARAMENTE:
“E
peço isto: que o vosso amor cresça mais e mais em ciência e em todo o
conhecimento,
Para que
aproveis as coisas excelentes, para que sejais sinceros, e sem escândalo
algum até ao dia de Cristo;
Cheios
dos frutos de justiça, que são por Jesus Cristo, para glória e louvor de
Deus.
E quero,
irmãos, que saibais que as coisas que me aconteceram contribuíram para maior
proveito do evangelho;
De maneira que as minhas prisões em Cristo foram manifestas por toda a
guarda pretoriana, e por todos os demais lugares;
E muitos
dos irmãos no Senhor, tomando ânimo com as minhas prisões, ousam falar a
palavra mais confiadamente, sem temor.
Verdade é que também alguns pregam a Cristo por inveja e porfia, mas
outros de boa vontade;
Uns, na verdade, anunciam a Cristo por contenção, não puramente,
julgando acrescentar aflição às minhas prisões.
Mas
outros, por amor, sabendo que fui posto para defesa do evangelho.
Mas que
importa? Contanto que Cristo seja anunciado de toda a maneira, ou com
fingimento ou em verdade, nisto me regozijo, e me regozijarei ainda.
Porque
sei que disto me resultará salvação, pela vossa oração e pelo socorro do
Espírito de Jesus Cristo,
Segundo a minha intensa expectação e esperança, de que em nada serei
confundido; antes,
com toda a confiança, Cristo será, tanto agora como sempre, engrandecido no meu
corpo, seja pela vida, seja pela morte” (Filipenses 1:9-20, grifei e sublinhei).
Com o
contexto é muito mais fácil entender o que Paulo quis dizer aos Filipenses. É
simples, na verdade. Fica muito mais fácil quando estudamos a passagem inteira!
Fica
fácil notar que Paulo não se coaduna, não concorda com os motivos da pregação
do Evangelho. Tanto é verdade que, logo após ele falar daqueles que pregavam
por inveja ou rivalidade, para lhe causar inveja e tristezas na prisão e por
motivos falsos, Paulo diz que NUNCA FARIA NADA QUE O FIZESSE ENVERGONHAR-SE DE
SI MESMO.
O mais
incrível é que o próprio Paulo ora pelo povo de Filipos, desejando que eles
sempre vissem com toda a clareza a diferença entre o certo e o errado, e que
fossem intimamente puros, para que NINGUÉM, absolutamente NINGUÉM pudessem
censurá-los desde o tempo presente até a volta do nosso Redentor. Ainda
aconselha aos irmãos para que eles sempre façam coisas boas, pois isso
resultará em muito louvor e glória ao Senhor (Filipenses 1:10 e 11).
Para
terminar, Paulo, quando escreveu aos Efésios, afirmou (Versão Bíblia Viva):
“E ele
escolheu alguns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas;
outros, ainda, para pastores e mestres. Ele fez isso para que o povo de Deus
esteja mais bem aparelhado para fazer uma obra melhor para ele, edificando a
Igreja – o corpo de Cristo – e elevando-a a uma condição de vigor e maturidade;
até que finalmente todos tenhamos a mesma fé quanto à nossa salvação e quanto
ao conhecimento de nosso Salvador, o Filho de Deus, e todos nos tornemos
maduros no Senhor. Sim, para que cresçamos a ponto de que Cristo ocupe
completamente todo o nosso ser. Então não seremos mais como crianças, sempre
mudando a nossa ideia a respeito daquilo que cremos porque alguém nos disse uma
coisa diferente, ou habilmente mentiu para nós, e fez que a mentira soasse
como verdade. Em vez disso, seguiremos com amor a verdade em todo tempo
– falando com verdade, tratando com verdade, vivendo em verdade – e
assim nos tornaremos cada vez mais, e de todas as maneiras, semelhantes a
Cristo, que é o Cabeça do seu corpo, a igreja. Sob a direção Dele todo o
corpo se ajusta perfeitamente, e cada um dos membros em sua maneira particular
auxilia os outros membros, de tal modo que todo o corpo seja saudável e cresça
em amor. Então, eu lhes digo isto, falando pelo Senhor: não vivam mais como
os incrédulos, pois eles estão cegos e confundidos. Seus corações
fechados estão cheios de trevas; eles estão muito distantes da vida de Deus
porque fecharam seus corações e não podem compreender seus caminhos. Não se
preocupam mais com o que está certo ou errado e se entregaram às práticas
impuras. Nada os detêm e são guiados pelas suas mentes malvadas e sua
imoralidade desenfreada. Esse, porém, não é o caminho que Cristo ensinou a
vocês. Se realmente vocês ouviram sua voz e aprenderam de Jesus as
verdades relacionadas a Ele, então desfaçam-se dessa velha maneira de viver – a
velha natureza que era parceira nos seus maus caminhos – completamente
corrompida, cheia de imoralidade e engano. Agora as suas atitudes e os seus
pensamentos devem ser constantemente renovados. Sim, vocês devem revestir-se do
novo ser, criado por Deus, que é parecido com a sua natureza, santa e justa,
proveniente da verdade. Deixem de mentir uns aos outros; falem a
verdade, pois somos membros do mesmo corpo. Quando estiverem irados, não pequem
alimentando seu próprio rancor. Não deixem que o sol se ponha antes de
resolverem suas diferenças; não dêem oportunidade para o diabo. Se alguém anda
roubando deve parar com isso e começar a utilizar suas mãos para trabalhar honestamente,
a fim de poder repartir com aqueles que estão necessitados. Evitem a boca suja.
Digam só o que é bom e útil àqueles com quem vocês estiverem falando, e o que
resulta em benção para eles. Não façam o Espírito Santo entristecer-se pelo
modo de vocês viverem. Lembrem-se que é Ele quem garante que vocês estarão
presentes no dia da redenção. Abandonem toda a amargura, todo o ódio e toda a
raiva. Evitem toda a gritaria, insultos e maldades. Em vez disso, sejam
bondosos uns para com os outros, compassivos, perdoando-se mutuamente, assim
como Deus os perdoou por pertencerem a Cristo” (Efésios 4:11 a 31, grifei e
sublinhei).
Vou
encerrando por aqui, pois tenho muito mais a tratar na Parte II, deste artigo.
Que Deus
abençoe vocês mui grandemente !!
No amor
de Cristo,
Jerry Lima.
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